quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Prazer Selvagem

Por um momento fechei meus olhos,
e tive medo do que veria quando os abrisse,
porem logo deixei de me importar, então abri meus olhos
e vi a realidade com toda sua frieza e aridez.
 Resolvi pensar em toda a realidade da necessidade humana
de sentir prazer. Me vi de repente em meio ao calor do sexo,
podia sentir a pele quente de minha parceira nas minhas mãos e corpo.
 Queria sentir sua respiração ofegante, sentir seu corpo pulsar e se contorcer as portas do orgasmo, e ver cada gota de suor em sua testa, como um apelo.. um pedido por mais, mais daquele movimento intenso cheio de tesão, até sentir como se o mundo desabasse ao seu redor e seu corpo ficasse leve como uma folha sobre a água morna.
 Então, depois de todo êxtase do sexo e a consumação dessa necessidade real e sólida de sentir prazer. Me vestiria calmamente sem expressar reação, fecharia a porta atrás de mim e sairia fumando um cigarro como se nada tivesse acontecido.
 Porque  é assim que os animais fazem, eles transam uns com os outros quando precisam, e saem sem perguntar nomes nem telefones, e voltam para suas tocas para se alimentar e sobreviver à mais um dia na selva.